quinta-feira, 14 de junho de 2012

15 de Junho - Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa

A violência contra a pessoa idosa é um problema sério, que a sociedade precisa enfrentar e, acima de tudo, combater. Os idosos têm sido vítimas dos mais diversos tipos de maus-tratos, que podem vir em forma de insultos e espancamentos pelos próprios familiares e cuidadores, até os desrespeitos sofridos em transportes públicos e instituições públicas e privadas.
FIQUE DE OLHO!
Se você tem mais de 60 anos ou conhece alguém que tenha, saiba mais sobre os tipos de violência, enumerados no Estatuto Nacional do Idoso. (Lei 10.741/03):
·         Discriminar pessoa idosa, nos transportes coletivos e nos bancos;
·         Xingar, humilhar, desrespeitar o idoso, por qualquer motivo
·         Obrigar ou levar idoso sem discernimento a assinar procuração, para administrar seus bens;
·         Deixar de atender o idoso, 2 por motivo da idade;
·         Abandonar o idoso em hospitais, abrigos, casas de saúde ou não dar atenção básica, quando obrigado por lei;
·         Deixar de dar ao idoso acesso a qualquer cargo público. Negar emprego ou trabalho, por motivo de idade;
·         Não atender ao idoso, em situação de perigo, ou recusar, dificultar a assistência à saúde, não promovê-la;
·         Não cumprir ordem judicial, em ação civil pública, que tratar dos direitos dos idosos;
·         Expor o idoso a perigo, submetendo a condições desumanas, deixando de alimentá-lo e de dar os cuidados necessários ou obrigá-lo a trabalho forçado ou inadequado para sua idade;
·         Apropriar-se de aposentadoria, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, desviando de sua finalidade;
·         Não acolher idoso em unidade de abrigo, se ele se recusar de assinar procuração à entidade de atendimento;
·         Reter cartão bancário do idoso ou qualquer outro documento, com o objetivo de garantir o recebimento de dívida;
15 de junho foi declarado pela Rede Internacional de Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa, em parceria com a Organização das Nações Unidas, como o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. A iniciativa pretende conscientizar a sociedade de que a pessoa idosa é cidadã com direitos e merece envelhecer de maneira ativa e saudável. O Estatuto do Idoso, em seu art. 4º, prevê que “Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei”. Desta forma, a pessoa idosa não pode mais ficar à margem da sociedade e nem ser vista de forma infantilizada.  Infelizmente, nossos idosos sofrem maus tratos das mais diversas formas, e muitas vezes as famílias ou os Profissionais de Saúde não conseguem perceber. Colocaremos, a seguir, uma série de dicas sobre como identificar sinais de maus tratos e violências contra idosos.  Alguns Sinais de Alerta de maus tratos: hematomas na pele, olhos roxos, ferimentos inexplicados, quedas frequentes; recusa do cuidador em deixar o idoso sozinho com outras pessoas; procura de serviços de emergência com frequência; perda de peso e sinais de desnutrição; óculos quebrados com frequência; troca frequente de médicos; roupas sujas, rasgadas e aparência de descuido; ulcerações de pele (escaras de decúbito) em muitos lugares do corpo, com sinais de pouco tratamento; sinais de sonolência excessiva por uso de medicamentos sedativos; alterações de comportamento repentinas pelo idoso, principalmente perante estranhos; idoso confuso, mas que família ou cuidador alega estar “esclerosado”;  doenças facilmente controláveis, mas que não melhoram por falta de tratamento adequado; e finalmente, para os Profissionais de Saúde que trabalham em Setores de Emergência: sempre pensar e desconfiar de situações onde idosos se “acidentam” dentro do próprio domicílio.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Ligue 180: DF continua líder no ranking nacional em chamadas para a Central de Atendimento à Mulher

De janeiro a março de 2012, Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 registrou 303,14 ligações a cada 100 mil mulheres do Distrito Federal. Em seguida estão: Espírito Santo (275,15), Pará (270,54), Mato Grosso do Sul (264,74) e Bahia (264,03.
Entre janeiro e março deste ano, a Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), foi mais acionada pelo Distrito Federal: 303,14 ligações a cada 100 mil mulheres. Em segundo lugar está o estado do Espírito Santo (275,15); em terceiro, Pará (270,54); em quarto, Mato Grosso do Sul (264,74); e em quinto, Bahia (264,03).
Do total de 201.569 atendimentos, realizados pelo Ligue 180 nos meses de janeiro e março, 73.927 se referem à busca de informações sobre os direitos das mulheres, rede de serviços especializados e legislação, a exemplo da Lei Maria da Penha. Ainda sobre os tipos de atendimento, foram realizadas 24.775 denúncias de violência contra as mulheres no primeiro trimestre deste ano.
As 27 unidades da federação apresentaram a seguinte demanda ao Ligue 180, no período de janeiro a março de 2012:
Ranking por taxa de população feminina:


Posição
UF
Ligações

Posição
UF
Ligações
1o
DF
303,14

15o
MG
140,17
2o
ES
275,15

16o
GO
138,58
3o
PA
270,54

17o
SP
133,62
4o
MS
264,74

18o
RS
117,24
5o
BA
264,03

19o
MT
114,97
6o
RJ
242,14

20o
TO
112,18
7o
SE
212,14

21o
PB
105,86
8o
MA
191,68

22o
AC
102,67
9o
PI
191,27

23o
RR
99,72
10o
AL
172,75

24o
CE
85,38
11o
RN
166,01

25o
SC
83,10
12o
PE
156,78

26o
RO
78,98
13o
PR
146,31

27o
AM
46,86
14o
AP
142,95






"Como cresce a denúncia dos casos de violência contra as mulheres, o poder público tem de aumentar e fortalecer a rede de atendimento à mulher em situação de violência e garantir os serviços necessários para a rigorosa punição dos agressores", afirma a secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da SPM, Aparecida Gonçalves.
Recém-convocada para ser colaboradora permanente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mulher no Brasil, a secretária da SPM considera que o balanço do primeiro trimestre do Ligue 180 é útil para os trabalhos da investigação do Congresso Nacional. Segundo Aparecida Gonçalves, o panorama da violência de gênero neste ano também colabora para o alcance das metas do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher, que é atingir 10% dos municípios brasileiros com serviços especializados em atendimento à mulher em situação de violência e aumentar em 30% os serviços existentes no país até 2014.
 Dados consolidados: nacional - Dos cinco tipos de violência enquadrados na Lei Maria da Penha (física, sexual, psicológica, moral e patrimonial), a física é a mais frequente. Nela estão classificadas agressões que vão desde a lesão corporal leve ao assassinato. Ao longo do primeiro trimestre de 2012, foram efetuados 14.296 atendimentos, correspondentes a 58% dos registros de violência do Ligue 180. Destes, 13.296 foram classificados de acordo com o risco percebido pela vítima. Sete mil se referem a riscos de morte das mulheres, seguido de espancamentos em 6.025 (45%) dos casos.
De acordo com os dados do Ligue 180 sobre o primeiro trimestre deste ano, o agressor continua sendo companheiro e cônjuge da vítima, conforme percebido em 12.970 (69,7%) dos registros, seguido por ex-maridos com 2.451 (13,2%). Dentre os 24.775 relatos de violência - excluindo-se 11.245 casos não informados -, em 8.915 (65,9%) dos casos, filhas e filhos presenciaram as agressões cometidas contra suas mães. Em 2.580 (24,5%) dos registros, elas e eles sofreram violência junto com suas mães.             
Serviços públicos - Dos 101.413 encaminhamentos feitos pelo Ligue 180 para os serviços públicos - nos três primeiros meses deste ano -, 52.788 foram para a segurança pública: 60% direcionados para o serviço 190, da Polícia Militar, e 23% para as delegacias especializadas de atendimento à mulher (DEAM). Num universo de 374 DEAMs no país, somente o Ligue 180 encaminhou 12.078 casos nos três primeiros meses de 2012.
Outro destaque dos dados do Ligue 180 é o tempo de relação da mulher em situação de violência com o agressor. Dos registros informados neste primeiro trimestre, em 7.761 (42,6%) dos casos, o agressor tinha dez anos ou mais de relacionamento com a vítima, em 3.422 (18,8%) entre cinco e dez anos de relação afetiva e em 1.875 (10,3%) entre um e dois anos de relacionamento.
Em novembro de 2011, o Ligue 180 expandiu sua cobertura para Espanha, Itália e Portugal. Nesses quatro meses, o serviço registrou 70 ligações de brasileiras no exterior, tendo efetuado 18 atendimentos.
Ligue 180 - Criada em 2005 pela SPM e parceiros, a Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 é um serviço de utilidade pública que presta informações e orientações sobre onde às mulheres podem recorrer caso sofram algum tipo de violência. O atendimento funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados. Durante os atendimentos, é preservado o anonimato.
 Assessoria de Comunicação Social
Secretaria de Políticas para as Mulheres - SPM
Presidência da República - PR
www.spm.gov.br